terça-feira, 30 de junho de 2009

A gripe suína é apenas um alerta!


A tão comentada gripe suínas (coitadinho dos porcos), oficialmente chamada de gripe A H1N1, está servindo para testar o preparo dos países em encarar uma pandemia. O alarde que se faz sobre essa gripe, não é o perigo que ela pode trazer aos seres humanos, mas a facilidade com que ela pode se espalhar pelo mundo, afinal, a gripe comum mata mais pessoas do que a tão falada gripe suína.

O negócio é o seguinte, só tem chances de morrer por essa gripe quem estiver com o sistema imunológico debilitado, crianças e idosos, os mesmos pacientes de risco da gripe comum, ou você já se esqueceu que todo ano tem campanha de vacinação para os velhinho?
O nome H1N1 vem dos tipos específicos de proteínas existentes nos vírus, que no caso do H significa hemaglutinina e no N é neuroaminidase. O porquinho infectado pela gripe suína comum, contraiu também gripe aviaria e a gripe humana, e esses vírus se misturaram, criando essa nova forma contagiosa para o homem, e como nosso sistema imunológico nunca tinha entrado em contato com esse novo vírus, as consequências foram tão comentadas.

Na história, verifica-se que os vírus altamente contagiosos são pouco letais e os altamente letais são pouco contagiosos, veja um exemplo: A gripe comum pode matar até 500 mil pessoas por ano no mundo, mas isso representa apenas 0,24% de todos os infectados; a gripe espanhola matou entre 1918 e 1919, 50 milhões de pessoas, mais que a primeira guerra mundial, mas a sua letalidade só chegou a 2,5%.

Os vírus altamente letais como o Ebola, são tão violentos que não dão tempo ao hospedeiro de disseminar o vírus; o vírus mata tão rápido que acaba se suicidando antes de se espalhar decentemente; nesse caso o Ebola mata 90% dos contaminados, o que representa apenas 45 mortes por ano.

A gripe suína serve de alerta para mostrar a alta capacidade de mutação desse seres ultra-microscópicos, e para provar que o mundo não está preparado para uma pandemia, que em 1918 demorava 9 meses para se estabelecer, hoje não levando mais que 3 meses, justamente pela comodidade fornecida pela globalização. O dia em que uma mutação gerar um vírus altamente letal, que seja capaz de deixar um pessoa viva por algumas semanas, já seria o suficiente para se espalhar mundialmente, causando milhões de vítimas.

A organização mundial da saúde (OMS) esperar que daqui a alguns anos, alguma pandemia possa matar até 7,5 milhões de pessoas. Que o sacrifício dos porquinhos não sejam em vão, e os governos não deixem esse fato cair no esquecimento até que apareça um novo alerta!

Um comentário:

BIOCISTRON .