Polinizadoras de orquídeas são tão promíscuas quanto suas plantas preferidas
|
Há muito biólogos acreditam que abelhas e orquídeas são igualmente interdependentes. Os insetos polinizam orquídeas em troca do aromas das flores que os machos usam para atrair fêmeas. Acreditava-se que os dois organismos evoluíram juntamente, mas um estudo conduzido por Santiago Ramírez, biólogo evolucionista da University of California em Berkeley, publicado na Science no final de 2011, revelou que as abelhas surgiram antes, propondo que as duas são mais independentes do que se pensava anteriormente. O texto de Ramírez mostra que, embora as orquídeas pareçam bem adaptadas às abelhas – tendo desenvolvido odores que as abelhas apreciam e mecanismos para depositar pólen no corpo dos insetos –, as abelhas são muito menos especializadas. Elas coletam aromas de mais de 700 espécies de plantas e polinizam várias delas. “As abelhas e plantas interagem, mas sabemos pouco sobre como essas redes de interação evoluem”, segundo Ramírez. Maior conhecimento sobre as abelhas poderia ajudar cientistas a entender seu papel na polinização de orquídeas tropicais, muitas delas em perigo de extinção. As abelhas correm perigo, ameaçadas pelo desmatamento e degradação da terra nativa nas Américas do Sul e Central, e são pressionadas também por processos que dizimam o hábitat e fontes de alimento. André Nemésio, pesquisador da Universidade Federal de Uberlândia, que estuda essas criaturas esquivas, preocupa-se que esse aprendizado sobre as abelhas não será rápido o suficiente para salvá-las. “Abelhas de orquídeas são solitárias e tímidas; quase não são vistas na floresta”, observa ele. Além disso, como ninguém sabe exatamente a importância das abelhas para as plantas polinizadas por elas ou para seus predadores, as consequências de perdê-las são outro mistério. Retirado de http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/abelhas_ocupadas.html em 27/07/2012. |
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Abelhas Ocupadas
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Lago na Argentina 'reproduz condições primitivas da Terra'

A descoberta se deu no lago Diamante, na província de Catamarca, no noroeste da Argentina - um espelho de água no meio de uma cratera vulcânica que, segundo os especialistas, é o mais próximo do ambiente primitivo da Terra que existia há 3,4 bilhões de anos atrás.
"Estas lagoas e as bactérias que sobrevivem nelas guardam o segredo de mecanismos de resistência a condições extremas que podem ter muitas aplicações biotecnológicas", disse à BBC Mundo a microbióloga María Eugenia Farías, do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet, na sigla em espanhol).
Se as bactérias são capazes de sobreviver neste ambiente inóspito, sugerem os pesquisadores, talvez pudessem também sobreviver em um hábitat como o do planeta Marte.
A pesquisa se insere na chamada ciência da astrobiologia, que investiga possíveis formas de vida extraterrestre.
Na composição das águas dessas lagoas, muitas variáveis são extremas. No lago Diamante, por exemplo, a salinidade é cinco vezes maior do que no oceano e o arsênio, 20 mil vezes mais concentrado que na água considerada potável.
A alcalinidade é altíssima, a pressão do oxigênio é muito baixa e a radiação ultravioleta, elevada. As variações da temperatura também são extremas, com oscilações de até 40ºC entre o dia e a noite.
"Essas condições são muito semelhantes às da Terra primitiva, quando não havia camada de ozônio, e às de Marte, onde tampouco (a camada) existe. Nós sabemos que em Marte há água, ou houve água em outros momentos, e na Terra primitiva também havia água, porque foi daí que a vida evoluiu", disse Faría.
"É como um fóssil vivo: estamos encontrando o ecossistema mais antigo da Terra, vivo e se desenvolvendo nas condições mais semelhantes possível à da Terra primitiva."
Agora queremos estudar o DNA completo de todas estas comunidades de bactérias e estudar os genes que lhes ajudam a viver nestas condições. Isto pode nos dizer muito sobre nosso passado", disse Farías.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Manipulação genética pode reviver os dinossauros?

Vamos explicar: Como no filme Jurassic Park, para se criar um dinossauro, teriamos que utilizar um DNA preservado de algum animal extinto. O problema é que, diferente do filme, nunca se encontrou tal material. A alternativa para isso seriam os pássaros, descendentes diretos dos dinos.
Apesar dos pássaros não se parecerem em nada com os lagartões, pois não possuem cauda nem dentes, há características comuns entre eles, como o pé com 3 dedos e a fúrcula, aquele osso em forma de Y conhecido como osso da sorte.
Durante o desenvolvimento embrionário, os bichinhos possuem cauda e braços, que depois regridem e se transformam sob a influência de alguns genes específicos.
O segredo para construir dinossauros está na capacidade de expressão gênica, ou seja, precisamos desligar esses genes que nossa galinha pode nascer uma galinharaptor.
Mas a intenção não é povoar uma ilha com esses animais, na verdade, eles nem chegariam a sair do ovo. O intuito da pesquisa realizada nas Universidades de Montreal e Wisconsin, é descobrir como encontrar determinados genes e aprender o jeito de ligá-los e desligá-los. Quando dominar a técnica de transformar pássaros em dinossauros, poderemos utilizá-la para o bem da humanidade, compreendendo melhor doenças genéticas e talvez até controlá-las.
Essa aventura de criar um frangossauro (chickenossaurus) não é pura diversão ou sensacionalismo, mas sim uma forma de desenvolver métodos práticos de engenharia genética que nos livrem de doenças graves.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
'Peixe mais feio do mundo' corre risco de extinção, diz jornal

O peixe da espécie Psychrolutes marcidus, conhecido por blobfish e por uma cara que dá pena, está em risco de extinção. A informação está no site do jornal britânico "Daily Mail". O hábitat da criatura é a costa sudeste da Austrália, em águas profundas. O risco de extinção vem do excesso de pesca por traineiras, barcos de pesca que fazem uso de redes de arrastão para amealhar suas vítimas.
O inchado habitante das profundezas, pode chegar a cerca de 30,5 centímetros e vive a 800 metros de profundidade, então é visto muito raramente. Mas está sendo levado pelas redes com as espécies que são preciosas à atividade pesqueira. Ele mesmo não é para se comer, logo não interessa, mas deu o azar de viver nas mesmas paragens de outros seres oceânicos mais apetitosos, entre os quais camarões e lagostas.
Callum Roberts, especialista nas profundezas do mar da Universidade de York, explica que o P. marcidus tem todas as razões do mundo para ser um bicho taciturno, com um jeitão miserável. “São muito vulneráveis a ser arrastados pelas redes e, pelo que sabemos, seu hábitat é restrito a essas áreas”, explica Roberts, autor do livro “The Unnatural History of the Sea” (A História não natural do Mar).
"As frotas de traineiras de águas profundas da Austrália e da Nova Zelândia são umas das mais ativas do mundo, então se você é um peixe desses, ali não é um bom lugar para viver.” A pescaria com redes de arrastão é uma das formas mais predatórias da atividade.
Os tecidos do blobfish são gelatinosos, com densidade um pouco inferior à da água, o que permite que flutue. Quase não tem músculos, mas ainda assim se vira muito bem: vai engolindo detritos que aparecem na frente dele.
Se quiser saber mais sobre animais das profundezas, acesse essa reportagem anterior: Nas Profundezas do oceano.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Uma mutação asiática protege contra a malária

Os cientistas já sabem que a longa batalha dos humanos contra a malária moldou nosso genoma. Um terço dos africanos subsaarianos, por exemplo, carregam uma mutação que causa a anemia falciforme, mas que também protege contra a malária: As hemácias em forma de foice (falciforme) impedem que o parasita da malária entre. Os pesquisadores identificaram outras mutações com essa, mas quase todas protegem apenas contra o Plasmodium falciparum, parasita transmitido pelo mosquito Anopheles, que mata mais de um milhão de pessoas anualmente.
No presente estudo, o geneticista Anavaj Sakuntabhai do Instituto Pasteur de Paris e seus colegas examinaram uma mutação no gene que codifica a glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), uma enzima que ajuda a proteger as células dos danos causados pelos radicais livres. Mutações na G6PD podem causar icterícia nos recém-nascidos, anemia pós-infecção de certos patógenos, e outros problemas. Algumas dessas mutações são muito comuns em determinadas áreas, incluindo partes da Ásia e África. Assim, os pesquisadores possuem fortes suspeitas que essa mutação pode ter um lado bom - talvez gere proteção contra a malária, dado que a G6PD é importante nas células vermelhas do sangue. Mas os estudos sobre o P. falciparum na África não obtiveram uma ligação convincente.
O grupo de Sakuntabhai voltou sua atenção para a Tailândia, onde o P. falciparum e seu primo menos conhecido, o P. vivax, causam a malária. A equipe focou seu estudo numa mutação do G6PD apelidada de Mahidol. Sakuntabhai e seus colegas realizaram um estudo genético de 384 pessoas - a maioria deles pertencentes a um grupo étnico chamado de Karen - no distrito de Phung Suan na Tailândia, onde a malária é prevalente. A freqüência da mutação Mahidol foi de 24%, e usando um teste chamado intervalo haplótipo - uma técnica que ajuda a rastrear a mutações recente no genoma - a equipe descobriu que a seleção natural de fato havia favorecido a mutação, a cerca de 1500 anos atrás. Os cientistas pensam que a malária se espalhou juntamente com a agricultura humana, que criou pequenos charcos de água parada, onde os mosquito utilizavam para reprodução.
Nos estudos clínicos, a equipe mostrou que a mutação Mahidol realmente faz a diferença. Ao longo de um período de 7 anos, as pessoas com a mutação tinham aproximadamente o mesmo número de episódios de malária, comparados a não portadores desta mutação; mas a mutação diminuiu o número de P. vivax em seu sangue. As mulheres que tinham uma cópia do gene tiveram 30% menos parasitas, aquelas com duas cópias tinham 61% menos. Como o G6PD está no cromossomo X, os homens podem ter no máximo uma cópia, apresentando 40% menos parasitas do que os controles. "O parasita não tem sucesso, não consegue crescer também", diz Sakuntabhai. Mas o Mahidol não tem efeito sobre os números de P. falciparum.
P. vivax não é um assassino tão eficiente como o P. falciparum, e hoje a maioria das pessoas podem comprar drogas para tratá-lo. Mas no passado, as pessoas teriam sofrido com os repetidos e duradouros ataques de P. vivax. As reduções na densidade dos parasitas observadas no portadores de Mahidol podem ter prolongado consideravelmente a vida dessa pessoas, o que permitiu-lhes terem mais filhos.
Sakuntabhai acrescenta que, mesmo hoje, o P. vivax pode ser um problema de saúde maior do que se tem notícia. Um estudo publicado no ano passado na revista PloS Medicine mostrou que o P. vivax mata muitas crianças na Papua Nova Guiné, podendo causar anemia mais de um mês depois da infecção. "O conselho é, não devemos subestimar P. vivax, e sim estudá-lo cada vez mais".
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Recifes de corais atuam como filtro solar

Estudos anteriores descobriram que o exoesqueleto de carbonato de cálcio dos corais que formam os recifes tornam-se fluorescentes sob luz ultravioleta, o que sugere que eles absorvam os raios UV. Para ver se este material protege os organismos que vivem nos recifes, a bióloga marinha Ruth Reef da Universidade de Queensland, na Austrália, e seus colegas estudaram anêmonas do mar (Aiptasia pulchella), que possuem tecidos semelhantes aos corais e também servem como abrigo para as algas fotossintetisantes.
A equipe colocou as anêmonas no topo de esqueletos de corais e sobre fitas brancas no laboratório. Ao contrário da fita, os esqueletos absorveram quase todos os raios ultravioleta, emitindo-la como luz fluorescente amarela, como relataram os pesquisadores. Além do mais, as anêmonas colocados nos corais receberam quatro vezes menos radiação UV e mostraram prejuízos sete vezes menores em seu DNA do que aqueles colocados sobre a fita. A equipe percebeu este efeito, mesmo quando o solo era composto de esqueletos triturados em um pó fino, sugerindo que a proteção deve-se à química do exoesqueleto do coral, e não pela dispersão dos raios UV em sua superfície rugosa e complexa.
Muitos dos organismos fotossintéticos que vivem nos oceanos também são capazes de produzir carbonato de cálcio. Essa capacidade pode ter começado para proteger os seres da radiação ultravioleta, diz Reef. "A calcificação começou por volta de 600 milhões de anos, quando os níveis de raios UV eram muito maiores do que hoje." Além disso, durante a explosão cambriana, cerca de 530 milhões anos atrás, a abundância e diversidade aumentaram, o que pode ter refletido "na necessidade de "construção de corais" que surgiram durante essa Era em que muitos organismos, moveram-se para águas rasas, ricas em oxigênio, onde os níveis de raios UV eram muito altos ", acrescenta ela.
Escorpiões, aranhas e outras criaturas também possuem fluorescência quando expostas à luz ultravioleta, o que sugere que o efeito de filtro solar evoluiu mais de uma vez. Texto de Charles Choi ScienceNOW Daily News 30 November 2009
Os corais são comprovadamente importantes para a manutenção da vida marinha, pois servem de abrigo e "berçario" para muitas espécies. Agora, com esse estudo, pode-se acrescentar a proteção contra os raios ultravioleta que não é um problema somente do ser humano, mas também de todos os seres vivos.
A destruição dos recifes de corais levará a uma grande perda de biodiversidade marinha da região, pois os peixes perderão suas casas, e ainda de quebra torrarão ao sol de um lugar que um dia já foi um paraíso.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Plantas Carnívoras: Terríveis contra os insetos!
Os principais gêneros são: Dionaea, Drosera, Nepenthes e Sarracenia.
O principio do funcionamento das armadilhas, consiste na planta atrair os insetos, da mesma forma que as flores atraem seus polinizadores: com cores vivas e odor de néctar. Outras aproveitam-se de padrões de luz ultravioleta de suas armadilhas para atrair insetos voadores. Mais ainda, a luz refletida pelas numerosas gotículas de mucilagem (presentes nas armadilhas de, Drosera) ou pelo revestimento externo das folhas de certas bromélias também atrai insetos voadores. Após o inseto pousar e tocar em alguns pelos sensoriais, ocorre uma reação fisiológica, que faz fechar rapidamente a armadinha e aprisionar o inseto. As enzimas digestivas começam a atuar e dentro de algumas horas a presa está completamente digerida.
Não se deve dar carne ou insetos mortos com inseticidas, isso é o mesmo que envenená-las! Se você quiser alimentar plantas carnívoras, tem que ser com insetos vivos. Utilize uma pinça para colocar o inseto vivo na planta ou deixe ao lado da planta uma fruta (laranja por exemplo) assim o cheiro da fruta vai atrair mosquinhas das frutas e aumentar as chances da planta se alimentar.
Não é aconselhável estimular o fechamento da Dionaea (colocar o dedo, palito, etc) ou brincar com as plantas carnívoras! Toda vez que a armadilha se fechar sem inseto, ficará mais lenta, e da próxima vez que ela tiver a oportunidade real de capturar um inseto ela se fechará mais devagar aumentando as chances de fuga! A Constância em forçar a Dionaea a fechar as suas armadilhas sem insetos vivos acarretará na sua morte.
Portanto não brinque com suas plantas carnívoras. Vale informar que elas não são venenosas ou representam perigo para pessoas ou animais domésticos.
Essa matéria foi sugerida pelo aluno Vitor (2º ano do colégio Bionatus)
Fonte: http://www.carnivoras.net/loja/index.php
http://www.ladin.usp.br/carnivoras/Portugues/first.html
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Vida na Terra pode ter vindo do espaço!

Ou seja: todos os seres vivos, humanos inclusive, seriam em parte alienígenas. Essa tese, que se chama panspermia, nunca foi um consenso entre os cientistas - e era encarada com ceticismo dentro da própria NASA, que está estudando as partículas há dois anos, mas só agora divulgou os reusltados. E outro estudo publicado nesse mês está incendiando de vez a discussão sobre a origem da vida. De acordo com simulações feitas pela Universidade do Colorado, uma chuva de asteróides que bombardeou a Terra há 3,9 bilhões de anos pode ter estimulado a vida no planeta - pois o impacto dos asteróides teria criado zonas extremamente quentes, ideais para a proliferação de determinados tipos de bactérias.
Atualmente entre os cientistas, a teoria do Evolucionismo é a que predomina, consolidada pela teoria da evolução escrita por Darwin no séc XIX. Mas a teoria da panspermia cósmica, nunca esteve tão sustentada com as novas evidências divulgadas esse ano, primeiramente com a notícia de que balões metereológicos troxeram três espécies desconhecidas de bactérias, que supostamente estaria vivendo a mais de 10 mil metros de altitude, condições extremas para qualquer ser vivo conhecido e justamente por isso foram classificadas como possíveis bactérias alienígenas. E agora a descoberta de que a glicina pode ser encontrada no espaço.
Isso não quer dizer que a glicina que originou os seres vivos na Terra, necessariamente teria vindo do espaço, já que as experiências de origem da vida realizadas por Stanley Miller, já haviam comprovado ser possível o surgimento espontâneo de aminoácidos a partir da atmosfera primitiva terrestre.
Acho que o tamanho do universo não nos permite acreditar que apenas no planeta Terra existe vida, mas crêr que homenzinhos verdes em naves espaciais ultramodernas estão nos espionando já passa a ser uma fantasia de Hollywood. A vida existe com certeza além da Terra, a questão é que não se deve ficar procurando formas semelhantes as homem.
Isso ainda dará muita discussão.
Qual é a opinião de vocês? Comentem!
terça-feira, 30 de junho de 2009
A gripe suína é apenas um alerta!

O negócio é o seguinte, só tem chances de morrer por essa gripe quem estiver com o sistema imunológico debilitado, crianças e idosos, os mesmos pacientes de risco da gripe comum, ou você já se esqueceu que todo ano tem campanha de vacinação para os velhinho?
O nome H1N1 vem dos tipos específicos de proteínas existentes nos vírus, que no caso do H significa hemaglutinina e no N é neuroaminidase. O porquinho infectado pela gripe suína comum, contraiu também gripe aviaria e a gripe humana, e esses vírus se misturaram, criando essa nova forma contagiosa para o homem, e como nosso sistema imunológico nunca tinha entrado em contato com esse novo vírus, as consequências foram tão comentadas.
Na história, verifica-se que os vírus altamente contagiosos são pouco letais e os altamente letais são pouco contagiosos, veja um exemplo: A gripe comum pode matar até 500 mil pessoas por ano no mundo, mas isso representa apenas 0,24% de todos os infectados; a gripe espanhola matou entre 1918 e 1919, 50 milhões de pessoas, mais que a primeira guerra mundial, mas a sua letalidade só chegou a 2,5%.
Os vírus altamente letais como o Ebola, são tão violentos que não dão tempo ao hospedeiro de disseminar o vírus; o vírus mata tão rápido que acaba se suicidando antes de se espalhar decentemente; nesse caso o Ebola mata 90% dos contaminados, o que representa apenas 45 mortes por ano.
A gripe suína serve de alerta para mostrar a alta capacidade de mutação desse seres ultra-microscópicos, e para provar que o mundo não está preparado para uma pandemia, que em 1918 demorava 9 meses para se estabelecer, hoje não levando mais que 3 meses, justamente pela comodidade fornecida pela globalização. O dia em que uma mutação gerar um vírus altamente letal, que seja capaz de deixar um pessoa viva por algumas semanas, já seria o suficiente para se espalhar mundialmente, causando milhões de vítimas.
A organização mundial da saúde (OMS) esperar que daqui a alguns anos, alguma pandemia possa matar até 7,5 milhões de pessoas. Que o sacrifício dos porquinhos não sejam em vão, e os governos não deixem esse fato cair no esquecimento até que apareça um novo alerta!
sábado, 27 de junho de 2009
Porque a temperatura do nosso corpo é de 37°C?

Quem regula a temperatura do corpo é uma região do encéfalo chamada de hipotálamo, que funciona como um termostato, ajustado entre 36,6 e 37°C, abaixo disso, nossos músculos começam a tremer liberando energia e calor que nos aquece; acima disso começamos a suar, o que permite diminuir nossa temperatura. Elevada temperatura corporal acima dos 42°C pode fazer as proteínas do corpo cozinhar, desnaturando-as. Já o frio extremo pode criar cristais de gelo no corpo, matando as células.
Mas o desenvolvimento evolutido da endotermia so foi possível com o surgimento do tecido adiposo, a famosa gordurinha, ou pneuzinho, que funciona como um cobertor natural que impede que o calor do corpo seja perdido facilmente para o ambiente. Ou seja, nao adiante colocarmos um cobertor para aquecer um jacaré durante a manha, pois ele nao produz calor internamente.
Confira abaixo a lista da temperatura corporal de alguns animais:
Ornntorrinco - 31°C
Cavalo - 36°C
Homem - 37°C
Macaco - 38,1°C
Vaca - 38,5°C
Ovelha - 39°C
Avestruz - 39,4°C
Galinha - 42°C
terça-feira, 28 de abril de 2009
PORQUE O CROMOSSOMO Y É TÃO ESTRANHO!!

O cromossomo Y é muito menor que o cromosso X; na verdade, ele é um tanto quanto insignificante, com suas dezenas de genes, perto dos 3 mil portados pelo X. A maioria dos genes do Y não possui correspondência em X. Até a década de 90, os cientistas tinha dificuldade em explicar como o cromosso Y tinha adquirido essas características, mas graças ao projeto Genoma Humano, eles puderam traçar um mapa genético evolutivo da nossa espécie; assim como um paleontólogo estuda os fósseis para compreender a história passada, o geneticista aprendeu a traçar a história evolutiva dos cromossmos e genes através da análise de suas sequências de DNA.
A história do cromosso Y foi marcada por rupturas dramáticas, que foram compensadas por mudanças do X. E esta interação entre os dois pares sexuais continua até hoje. Acreditava-se que o Y apenas desencadeava o processo para o desenvolvimento dos machos, mas ele tem se mostrado muito mais versátil do que a maioria dos biólogos poderia imaginar, preservando genes e adquirindo outros que garantem a sobrevivencia dos machos e mantêm sua fertilidade.
Uma das causas de tanto interesse no Y é descobrir a cura para a infertilidade masculina. A descoberta de genes no Y que influenciam na capacidade reprodutiva pode levar a tratamentos inovadores para homens que nao possuem tais genes ou têm versões defeituosas deles, e por isso são inférteis.
No início de séc. XX, os cientistas acreditavam que o sexo na espécie humana era determinado, assim como nos répteis, pela variação da temperatua ambiental. Mas depois descobriu-se que fêmeas são portadoas do par XX e os macho são XY. Em 1990 os biólogos descobriram o gene que é responsável pelo desenvolvimento do sexo masculino, que é um único gene chamado SRY (sex-determinig region Y). A proteína codificada por esse gene, induz a formação dos testículos, aparentemente por ativar outros genes nos cromossomos autossomicos ( os outros 22 pares, exceto os sexuais). Em seguida a testosterona assume o papel de transformar o embrião assexuado em um macho. Se esse gene nao se expressar, o embrião se desenvolve para uma fêmea.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
O Dia em que a Terra incendiou-se


Um asteróide destruiu um mundo e abriu caminho para outro
Muitos sabem que o impacto de um asteróide ou cometa foi a possível causa do fim repentino da época dos dinossauros. Não se sabe com exatidão, porém, como se deu a extinção desses animais e de muitas outras espécies, nem como os ecossistemas reconstituíram-se depois do choque. O cataclisma ultrapassou em muito os limites das agressões que os seres vivos normalmente têm de superar. O asteróide ou cometa cortou o céu cerca de quarenta vezes mais rápido que a velocidade do som. Era tão grande que, ao tocar o solo, sua borda superior estava além da altitude de um avião de cruzeiro (10 km). A explosão produzida no impacto foi o equivalente a 100 trilhões de toneladas de TNT, a maior liberação de energia jamais vista no planeta nos últimos 65 milhões de anos.
Os vestígios desta colisão jazem sob as florestas tropicais de Yucatán, as ruínas maias de Mayapán, a vila portuária de Progreso e as águas do Golfo do México. A cratera, chamada de Chicxulub depois do estabelecimento de vilas maias na área, tem aproximadamente 180km de diâmetro e é circundada por uma falha circular de 240km, aparentemente produzida quando a crosta reverberou com a onde de choque produzida pelo impacto.
Às vezes, a ciência supera a ficção científica em sua capacidade de espantar e surpreender, como no caso do impacto que destruiu um mundo e abriu caminho para outro. Entretanto, estudos realizados durante os últimos anos sugerem que o aniquilamento das espécies não foi conseqüência direta e imediata do impacto, e sim de uma variedade de efeitos severos e complexos sobre o ambiente, que espalhou a devastação no mundo inteiro. Uma das forças mais destrutivas foi o incêndio de varias áreas de floretas continentais. O fogo destruiu habitats importantes, desmantelou a base das cadeias alimentares continentais e contribuiu para o declínio da fotossíntese.
Além de devastas as florestas, os incêndios causaram severa poluição do ar. A fuligem e a poeira geradas no impacto toldaram o céu de todo o planeta, tornando-o impermeável à luz solar. Cálculos sugerem que a superfície terrestre ficou escura como uma caverna, embora ainda não se saiba a dimensão exata desta escuridão. Plantas fotossintetizantes morreram e cadeias alimentares entraram em colapso, mesmo em áreas não atingidas pelos incêndios, como o mar. Esse período tem sido comparado a um “inverno nuclear”, um período de frio que alguns analistas sugerem que adviria após uma explosão nuclear. [...] A poeira levou meses para assentar, provavelmente caindo na forma de uma chuva azulada semelhante à chuva de cinzas azul que sobrevém às erupções vulcânicas atuais [...]
O mundo após o impacto de Chicxulub, tornou-se diferente até mesmo nos cheiros e nos sons. Ao ouvir gravações de sons de pássaros, insetos e macacos, somos como que magicamente transportados à Amazônia e a outras florestas tropicais atuais. Se tivéssemos gravados os sons do Cretáceo, ouviríamos os dinossauros movendo-se entre as folhagens e seus chamados de comunicação, além do zumbir de alguns insetos. Os mamíferos estariam relativamente silenciosos, esgueirando-se entre a vegetação , como fazem as toupeiras hoje. Nos meses após o impacto, o mundo tournou-se muito quieto. O ambiente era dominado apenas pelo som do vento, das correntezas e do cair da chuva. Aos poucos, insetos e, depois, mamíferos puderam novamente ser ouvidos. Centenas de anos ou, quem sabe, centenas de milhares de anos foram necessários para que os ecossistemas constituíssem novas e sólidas arquiteturas.
A diversidade da vida foi sua salvação. Apesar do desaparecimento de inúmeras espécies e incalculável quantidade de indivíduos, algumas formas de vida sobreviveram e proliferaram. O impacto inaugurou os novos nichos ecológicos para a evolução dos mamíferos, que levou ao desenvolvimento de nossa própria espécie. Nesse sentido, a cratera de Chicxulub foi o cadinho da evolução humana.
FONTE: David A. Kring e Daniel D. Durda. 2003. Scientific American 289(6): 70-77 ( Tradução e Adaptação de Amabis & Martho 2004)